Gostei bastante da prestação de Francisco Louçã no Fórum TSF, na semana passada. Identifiquei-me com o essencial do que disse: A crise, as verdadeiras origens da crise, a europa, o Governo de Esquerda…
Não gostei que ele dissesse que na Convenção deste fim-de-semana haverão 2 listas com visões “muito, muito diferentes”.
Na verdade, a principal diferença é precisamente este “muito, muito diferentes”. Esta assintosidade e desconfiança a tudo o que se demarque aqui ou ali das orientações da Direcção, prejudica muito o debate interno, o funcionamento democrático BE, a inteligência das próprias orientações e análises da Direcção e – se calhar o mais grave – a motivação dos activistas para o trabalho partidário.
E se este fechamento da Direcção acontece em relação a alguns militantes do próprio partido, tratados na TSF quase como adversários políticos, o que se pode esperar em relação às massas que nem do partido são?
Sabendo que a Direcção do Bloco almeja seguir os passos do Syriza na Grécia, numa altura que se fala tanto de Kornakkris, vale a pena perguntar, por exemplo, se um homem como Kornakkris poderia ter com o BE o mesmo tipo de relação que teve com o Syriza…